Proteínas neutralizam o vírus causador da Aids


(imagem retirada do google)

Cientistas americanos e chineses identificaram um grupo de proteínas no organismo que naturalmente bloqueia a ação do vírus HIV.
Isso explicaria o motivo pelo qual cerca de 2% dos soropositivos não desenvolvem os sintomas da Aids.
A descoberta, detalhada na edição desta sexta-feira da revista Science, pode levar a um maior entendimento sobre como o organismo combate o HIV - o que pode no futuro auxiliar o desenvolvimento de novos tratamentos contra a Aids.
Desde a década de 80, os cientistas já sabiam que algumas pessoas simplesmente não desenvolviam a Aids.

Células de defesa

Células do sistema imunológico chamadas CD8 T foram tidas como produtoras de uma substância que inibia o HIV de se replicar no organismo.
Os cientistas do Aaron Diamond Aids Research Center, em Washington, compararam células CD8 T de soropositivos que não desenvolveram Aids com as de soropositivos cujo sistema imunológico começou a falhar.
Eles descobriram que os pacientes que continuaram saudáveis tinham as proteínas-alfa de defesa 1, 2 e 3.
As proteínas aparentemente suprimem a ação do vírus. Os pesquisadores pretendem, a partir daí, desenvolver métodos para impedir a ação do HIV em uma maior escala entre a população infectada.
Para confirmar sua descoberta, os pesquisadores artificialmente retiraram as proteínas das células dos soropositivos "protegidos".
A habilidade das células para lutar contra o HIV, fora do organismo, foi praticamente eliminada.
Uma outra pesquisa com as células mostrou que uma versão sintética das mesmas proteínas foi de 10 a 20 vezes menos efetiva do que a versão natural.
Linqi Zhang, o autor da pesquisa, disse que a descoberta é um "grande passo adiante sobre como o organismo pode combater o HIV".

Espermicida

Uma segunda pesquisa relacionada à Aids, publicada no jornal científico The Lancet, mostra que um espermicida comum - antes recomendado para impedir a transmissão do HIV - é na verdade ineficaz.
Pesquisadores belgas mostraram que o espermicida Nonoynol-9, amplamente vendido na Europa, pode na verdade acelerar a transmissão do vírus se usado com freqüência.
Os cientistas explicam que o uso freqüente do espermicida pode causar lesões no aparelho genital das mulheres, que pode facilitar a contaminação pelo vírus.
O espermicida é um método bastante usado para prevenir a gravidez e evitar doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres da África e da Ásia.

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