Mitos e verdades sobre a febre.
Dr Kennedy Long Schisler |
temperatura?
Por conta de tantos mitos, os pediatras Kennedy Long Schisler (Immune - Clinica & Vacinas e Hospital Ministro Costa Cavalcanti) e Cecim El Achkar (Clínica Tio Cecim) ajudam a desvendar toda a verdade sobre a febre.
Banho gelado baixa a febre.
MITO
O banho frio não é indicado. Ele diminui a temperatura da pele, engana os receptores de temperatura e os fazem "pensar" que a febre programada não foi atingida. Isso os leva a enviar ao cérebro um sinal para voltar a aumentar a temperatura do corpo. Algumas vezes, pode provocar uma febre “rebote”, mais alta do que o inicial. O ideal é sempre banho morno.
Fazer compressa com água morna no pescoço e na virilha baixa a febre.
VERDADE
As compressas nestas áreas ajudam a baixar a febre mais rapidamente, mas devem ser feitas sempre com a avaliação de um médico, nunca isoladamente.
Colocar álcool na água do banho do bebê ajuda a baixar a febre.
MITO
Além de não ajudar, o uso do álcool é contraindicado porque pode até produzir intoxicação na criança.
Se a testa e a barriga da criança estiverem quentes ela está com febre.
MITO
A testa, as mãos ou qualquer parte do corpo mais quente não indica febre. O ideal é usar um termômetro para medir a temperatura da criança.
É importante avaliar a atividade da criança com febre.
VERDADE
Durante a febre, a criança pode ficar mais “quietinha”, porém, se a febre baixou completamente e a criança não brinca, não sorri e se mostra indisposta, é preciso procurar atendimento médico, pois pode haver gravidade no quadro.
Enrolar o bebê com uma toalha encharcada dentro do chuveiro ajuda a baixar a febre.
MITO
Colocar a criança em uma toalha molhada leva ao mesmo problema do banho com água fria, que pode levar a um quadro de febre mais intenso ainda.
É preciso tirar toda a roupa da criança que está com febre
MITO
Na vigência da febre, a criança pode sentir muito frio, inclusive calafrios. Neste caso, você deve agasalhá-la. Lembre-se, no entanto, que após uso de antitérmico, sempre receitado pelo pediatra, o inverso pode ocorrer, ou seja, sentir muito calor e sudorese (suar muito). Neste caso, fazemos o inverso, tiramos o excesso de roupa.
Toda criança com febre pode ter convulsões.
MITO
A convulsão febril, felizmente um evento geralmente benigno, ocorre com determinadas crianças predispostas geneticamente na presença de febre, desde 37ºC até 40ºC, e sempre ocorre no primeiro episódio do quadro infeccioso. Brincamos com os pacientes dizendo que a convulsão febril "não mata a criança", pelo seu aspecto geralmente benigno, mas "quase mata os pais" pelo imenso susto inesperado que causa. Estas crianças predispostas devem procurar, no entanto, atendimento, para receber orientação em como prevenir estas convulsões com medicamentos específicos, e como agir na vigência da convulsão. A predisposição genética pode ser identificada por meio de exames e testes genéticos.
Até os 37.8ºC não é necessário medicar a criança.
VERDADE
Entre 37,4 e 37,8ºC a criança está "subfebril" e geralmente não é necessário medicar. No entanto, é importante observar a criança e, caso a temperatura suba e ela se mostre quieta, indisposta, é necessário procurar um médico para que ele a avalie e, se necessário, prescreva uma medicação.
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